segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Dia Mundial da Paz

1º de janeiro de 2013



Bem-aventurados os obreiros da paz
1. Cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Nesta perspectiva, peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade, para todos, as aspirações duma vida feliz e próspera.
À distância de 50 anos do início do Concílio Vaticano II, que permitiu dar mais força à missão da Igreja no mundo, anima constatar como os cristãos, Povo de Deus em comunhão com Ele e caminhando entre os homens, se comprometem na história compartilhando alegrias e esperanças, tristezas e angústias, anunciando a salvação de Cristo e promovendo a paz para todos.
Na realidade o nosso tempo, caracterizado pela globalização, com seus aspectos positivos e negativos, e também por sangrentos conflitos ainda em curso e por ameaças de guerra, requer um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo.
Causam apreensão os focos de tensão e conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião, chamada a favorecer a comunhão e a reconciliação entre os homens.
E no entanto as inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus.
Tudo isso me sugeriu buscar inspiração, para esta Mensagem, às palavras de Jesus Cristo: «Bem–aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9).
A bem-aventurança evangélica
2. As bem-aventuranças proclamadas por Jesus (cf. Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-23) são promessas. Com efeito, na tradição bíblica, a bem-aventurança é um gênero literário que traz sempre consigo uma boa nova, ou seja um evangelho, que culmina numa promessa. Assim, as bem-aventuranças não são meras recomendações morais, cuja observância prevê no tempo devido – um tempo localizado geralmente na outra vida – uma recompensa, ou seja, uma situação de felicidade futura; mas consistem sobretudo no cumprimento duma promessa feita a quantos se deixam guiar pelas exigências da verdade, da justiça e do amor. Frequentemente, aos olhos do mundo, aqueles que confiam em Deus e nas suas promessas aparecem como ingênuos ou fora da realidade; ao passo que Jesus lhes declara que já nesta vida – e não só na outra – se darão conta de serem filhos de Deus e que, desde o início e para sempre, Deus está totalmente solidário com eles. Compreenderão que não se encontram sozinhos, porque Deus está do lado daqueles que se comprometem com a verdade, a justiça e o amor. Jesus, revelação do amor do Pai, não hesita em oferecer-Se a Si mesmo em sacrifício. Quando se acolhe Jesus Cristo, Homem-Deus, vive-se a jubilosa experiência de um dom imenso: a participação na própria vida de Deus, isto é, a vida da graça, penhor duma vida plenamente feliz. De modo particular, Jesus Cristo dá-nos a paz verdadeira, que nasce do encontro confiante do homem com Deus.
A bem-aventurança de Jesus diz que a paz é, simultaneamente, dom messiânico e obra humana. Na verdade, a paz pressupõe um humanismo aberto à transcendência; é fruto do dom recíproco, de um mútuo enriquecimento, graças ao dom que provém de Deus e nos permite viver com os outros e para os outros. A ética da paz é uma ética de comunhão e partilha. Por isso, é indispensável que as várias culturas de hoje superem antropologias e éticas fundadas sobre motivos teórico-práticos meramente subjetivistas e pragmáticos, em virtude dos quais as relações da convivência se inspiram em critérios de poder ou de lucro, os meios tornam-se fins, e vice-versa, a cultura e a educação concentram-se apenas nos instrumentos, na técnica e na eficiência. Condição preliminar para a paz é o desmantelamento da ditadura do relativismo e da apologia duma moral totalmente autônoma, que impede o reconhecimento de quão imprescindível seja a lei moral natural inscrita por Deus na consciência de cada homem. A paz é construção em termos racionais e morais da convivência, fundando-a sobre um alicerce cuja medida não é criada pelo homem, mas por Deus. Como lembra o Salmo 29, « o Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com a paz » (v. 11).
A paz: dom de Deus e obra do homem
3. A paz envolve o ser humano na sua integridade e supõe o empenhamento da pessoa inteira: é paz com Deus, vivendo conforme à sua vontade; é paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação. Como escreveu o Beato João XXIII na Encíclica Pacem in terris – cujo cinquentenário terá lugar dentro de poucos meses –, a paz implica principalmente a construção duma convivência humana baseada na verdade, na liberdade, no amor e na justiça.A negação daquilo que constitui a verdadeira natureza do ser humano, nas suas dimensões essenciais, na sua capacidade intrínseca de conhecer a verdade e o bem e, em última análise, o próprio Deus, põe em perigo a construção da paz. Sem a verdade sobre o homem, inscrita pelo Criador no seu coração, a liberdade e o amor depreciam-se, a justiça perde a base para o seu exercício.
Para nos tornarmos autênticos obreiros da paz, são fundamentais a atenção à dimensão transcendente e o diálogo constante com Deus, Pai misericordioso, pelo qual se implora a redenção que nos foi conquistada pelo seu Filho Unigênito Assim o homem pode vencer aquele germe de obscurecimento e negação da paz que é o pecado em todas as suas formas: egoísmo e violência, avidez e desejo de poder e domínio, intolerância, ódio e estruturas injustas.
A realização da paz depende sobretudo do reconhecimento de que somos, em Deus, uma única família humana. Esta, como ensina a Encíclica Pacem in terris, está estruturada mediante relações interpessoais e instituições sustentadas e animadas por um «nós» comunitário, que implica uma ordem moral, interna e externa, na qual se reconheçam sinceramente, com verdade e justiça, os próprios direitos e os próprios deveres para com os demais. A paz é uma ordem de tal modo vivificada e integrada pelo amor, que se sentem como próprias as necessidades e exigências alheias, que se fazem os outros comparticipantes dos próprios bens e que se estende sempre mais no mundo a comunhão dos valores espirituais. É uma ordem realizada na liberdade, isto é, segundo o modo que corresponde à dignidade de pessoas que, por sua própria natureza racional, assumem a responsabilidade do próprio agir.
A paz não é um sonho, nem uma utopia; a paz é possível. Os nossos olhos devem ver em profundidade, sob a superfície das aparências e dos fenómenos, para vislumbrar uma realidade positiva que existe nos corações, pois cada homem é criado à imagem de Deus e chamado a crescer contribuindo para a edificação dum mundo novo. Na realidade, através da encarnação do Filho e da redenção por Ele operada, o próprio Deus entrou na história e fez surgir uma nova criação e uma nova aliança entre Deus e o homem (cf. Jr 31, 31-34), oferecendo-nos a possibilidade de ter « um coração novo e um espírito novo » (cf. Ez 36, 26).
Por isso mesmo, a Igreja está convencida de que urge um novo anúncio de Jesus Cristo, primeiro e principal fator do desenvolvimento integral dos povos e também da paz. Na realidade, Jesus é a nossa paz, a nossa justiça, a nossa reconciliação (cf. Ef 2, 14; 2 Cor 5, 18). O obreiro da paz, segundo a bem–aventurança de Jesus, é aquele que procura o bem do outro, o bem pleno da alma e do corpo, no tempo presente e na eternidade.
A partir deste ensinamento, pode-se deduzir que cada pessoa e cada comunidade – religiosa, civil, educativa e cultural – é chamada a trabalhar pela paz. Esta consiste, principalmente, na realização do bem comum das várias sociedades, primárias e intermédias, nacionais, internacionais e a mundial. Por isso mesmo, pode-se supor que os caminhos para a implementação do bem comum sejam também os caminhos que temos de seguir para se obter a paz.
Obreiros da paz são aqueles que amam,defendem e promovem a vida na sua integridade
4. Caminho para a consecução do bem comum e da paz é, antes de mais nada, o respeito pela vida humana, considerada na multiplicidade dos seus aspectos, a começar da concepção, passando pelo seu desenvolvimento até ao fim natural. Assim, os verdadeiros obreiros da paz são aqueles que amam, defendem e promovem a vida humana em todas as suas dimensões: pessoal, comunitária e transcendente. A vida em plenitude é o ápice da paz. Quem deseja a paz não pode tolerar atentados e crimes contra a vida.
Aqueles que não apreciam suficientemente o valor da vida humana, chegando a defender, por exemplo, a liberalização do aborto, talvez não se deem conta de que assim estão a propor a prossecução duma paz ilusória. A fuga das responsabilidades, que deprecia a pessoa humana, e mais ainda o assassinato de um ser humano indefeso e inocente nunca poderão gerar felicidade nem a paz. Na verdade, como se pode pensar em realizar a paz, o desenvolvimento integral dos povos ou a própria salvaguarda do ambiente, sem estar tutelado o direito à vida dos mais frágeis, a começar pelos nascituros? Qualquer lesão à vida, de modo especial na sua origem, provoca inevitavelmente danos irreparáveis ao desenvolvimento, à paz, ao ambiente. Tão pouco é justo codificar ardilosamente falsos direitos ou opções que, baseados numa visão redutiva e relativista do ser humano e com o hábil recurso a expressões ambíguas tendentes a favorecer um suposto direito ao aborto e à eutanásia, ameaçam o direito fundamental à vida.
Também a estrutura natural do matrimônio, como união entre um homem e uma mulher, deve ser reconhecida e promovida contra as tentativas de a tornar, juridicamente, equivalente a formas radicalmente diversas de união que, na realidade, a prejudicam e contribuem para a sua desestabilização, obscurecendo o seu carácter peculiar e a sua insubstituível função social.
Estes princípios não são verdades de fé, nem uma mera derivação do direito à liberdade religiosa; mas estão inscritos na própria natureza humana – sendo reconhecíveis pela razão – e consequentemente comuns a toda a humanidade. Por conseguinte, a ação da Igreja para os promover não tem carácter confessional, mas dirige-se a todas as pessoas, independentemente da sua filiação religiosa. Tal ação é ainda mais necessária quando estes princípios são negados ou mal entendidos, porque isso constitui uma ofensa contra a verdade da pessoa humana, uma ferida grave infligida à justiça e à paz.
Por isso, uma importante colaboração para a paz é dada também pelos ordenamentos jurídicos e a administração da justiça quando reconhecem o direito ao uso do princípio da objecção de consciência face a leis e medidas governamentais que atentem contra a dignidade humana, como o aborto e a eutanásia.
Entre os direitos humanos basilares mesmo para a vida pacífica dos povos, conta-se o direito dos indivíduos e comunidades à liberdade religiosa. Neste momento histórico, torna-se cada vez mais importante que este direito seja promovido não só negativamente, como liberdade de – por exemplo, de obrigações e coações quanto à liberdade de escolher a própria religião –, mas também positivamente, nas suas várias articulações, como liberdade para: por exemplo, para testemunhar a própria religião, anunciar e comunicar a sua doutrina; para realizar atividades educativas, de beneficência e de assistência que permitem aplicar os preceitos religiosos; para existir e atuar como organismos sociais, estruturados de acordo com os princípios doutrinais e as finalidades institucionais que lhe são próprias. Infelizmente vão-se multiplicando, mesmo em países de antiga tradição cristã, os episódios de intolerância religiosa, especialmente contra o cristianismo e aqueles que se limitam a usar os sinais identificadores da própria religião.
O obreiro da paz deve ter presente também que as ideologias do liberalismo radical e da tecnocracia insinuam, numa percentagem cada vez maior da opinião pública, a convicção de que o crescimento económico se deve conseguir mesmo à custa da erosão da função social do Estado e das redes de solidariedade da sociedade civil, bem como dos direitos e deveres sociais. Ora, há que considerar que estes direitos e deveres são fundamentais para a plena realização de outros, a começar pelos direitos civis e políticos.
E, entre os direitos e deveres sociais atualmente mais ameaçados, conta-se o direito ao trabalho. Isto é devido ao facto, que se verifica cada vez mais, de o trabalho e o justo reconhecimento do estatuto jurídico dos trabalhadores não serem adequadamente valorizados, porque o crescimento econômico dependeria sobretudo da liberdade total dos mercados. Assim o trabalho é considerado uma variável dependente dos mecanismos econômicos e financeiros. A propósito disto, volto a afirmar que não só a dignidade do homem mas também razões econômicas, sociais e políticas exigem que se continue « a perseguir como prioritário o objectivo do acesso ao trabalho para todos, ou da sua manutenção ».4 Para se realizar este ambicioso objectivo, é condição preliminar uma renovada apreciação do trabalho, fundada em princípios éticos e valores espirituais, que revigore a sua concepção como bem fundamental para a pessoa, a família, a sociedade. A um tal bem corresponde um dever e um direito, que exigem novas e ousadas políticas de trabalho para todos.
Construir o bem da paz através de um novo modelo de desenvolvimento e de economia
5. De vários lados se reconhece que, hoje, é necessário um novo modelo de desenvolvimento e também uma nova visão da economia. Quer um desenvolvimento integral, solidário e sustentável, quer o bem comum exigem uma justa escala de bens-valores, que é possível estruturar tendo Deus como referência suprema. Não basta ter à nossa disposição muitos meios e muitas oportunidades de escolha, mesmo apreciáveis; é que tanto os inúmeros bens em função do desenvolvimento como as oportunidades de escolha devem ser empregues de acordo com a perspectiva duma vida boa, duma conduta recta, que reconheça o primado da dimensão espiritual e o apelo à realização do bem comum. Caso contrário, perdem a sua justa valência, acabando por erguer novos ídolos.
Para sair da crise financeira e econômica atual, que provoca um aumento das desigualdades, são necessárias pessoas, grupos, instituições que promovam a vida, favorecendo a criatividade humana para fazer da própria crise uma ocasião de discernimento e de um novo modelo econômico. O modelo que prevaleceu nas últimas décadas apostava na busca da maximização do lucro e do consumo, numa óptica individualista e egoísta que pretendia avaliar as pessoas apenas pela sua capacidade de dar resposta às exigências da competitividade. Olhando de outra perspectiva, porém, o sucesso verdadeiro e duradouro pode ser obtido com a dádiva de si mesmo, dos seus dotes intelectuais, da própria capacidade de iniciativa, já que o desenvolvimento econômico suportável, isto é, autenticamente humano tem necessidade do princípio da gratuidade como expressão de fraternidade e da lógica do dom. Concretamente na atividade econômica, o obreiro da paz aparece como aquele que cria relações de lealdade e reciprocidade com os colaboradores e os colegas, com os clientes e os usuários. Ele exerce a atividade econômica para o bem comum, vive o seu compromisso como algo que ultrapassa o interesse próprio, beneficiando as gerações presentes e futuras. Deste modo sente-se a trabalhar não só para si mesmo, mas também para dar aos outros um futuro e um trabalho dignos.
No âmbito econômico, são necessárias – especialmente por parte dos Estados – políticas de desenvolvimento industrial e agrícola que tenham a peito o progresso social e a universalização de um Estado de direito e democrático. Fundamental e imprescindível é também a estruturação ética dos mercados monetário, financeiro e comercial; devem ser estabilizados e melhor coordenados e controlados, de modo que não causem dano aos mais pobres. A solicitude dos diversos obreiros da paz deve ainda concentrar-se – com mais determinação do que tem sido feito até agora – na consideração da crise alimentar, muito mais grave do que a financeira. O tema da segurança das provisões alimentares voltou a ser central na agenda política internacional, por causa de crises relacionadas, para além do mais, com as bruscas oscilações do preço das matérias–primas agrícolas, com comportamentos irresponsáveis por parte de certos agentes econômicos e com um controle insuficiente por parte dos Governos e da comunidade internacional. Para enfrentar semelhante crise, os obreiros da paz são chamados a trabalhar juntos em espírito de solidariedade, desde o nível local até ao internacional, com o objectivo de colocar os agricultores, especialmente nas pequenas realidades rurais, em condições de poderem realizar a sua atividade de modo digno e sustentável dos pontos de vista social, ambiental e econômico.
Educação para uma cultura da paz:o papel da família e das instituições
6. Desejo veementemente reafirmar que os diversos obreiros da paz são chamados a cultivar a paixão pelo bem comum da família e pela justiça social, bem como o empenho por uma válida educação social.
Ninguém pode ignorar ou subestimar o papel decisivo da família, célula básica da sociedade, dos pontos de vista demográfico, ético, pedagógico, econômico e político. Ela possui uma vocação natural para promover a vida: acompanha as pessoas no seu crescimento e estimula-as a enriquecerem-se entre si através do cuidado recíproco. De modo especial, a família cristã guarda em si o primordial projeto da educação das pessoas segundo a medida do amor divino. A família é um dos sujeitos sociais indispensáveis para a realização duma cultura da paz. É preciso tutelar o direito dos pais e o seu papel primário na educação dos filhos, nomeadamente nos âmbitos moral e religioso. Na família, nascem e crescem os obreiros da paz, os futuros promotores duma cultura da vida e do amor.
Nesta tarefa imensa de educar para a paz, estão envolvidas de modo particular as comunidades dos crentes. A Igreja toma parte nesta grande responsabilidade através da nova evangelização, que tem como pontos de apoio a conversão à verdade e ao amor de Cristo e, consequentemente, o renascimento espiritual e moral das pessoas e das sociedades. O encontro com Jesus Cristo plasma os obreiros da paz, comprometendo-os na comunhão e na superação da injustiça.
Uma missão especial em prol da paz é desempenhada pelas instituições culturais, escolásticas e universitárias. Delas se requer uma notável contribuição não só para a formação de novas gerações de líderes, mas também para a renovação das instituições públicas, nacionais e internacionais. Podem também contribuir para uma reflexão científica que radique as atividades econômicas e financeiras numa sólida base antropológica e ética. O mundo atual, particularmente o mundo da política, necessita do apoio dum novo pensamento, duma nova síntese cultural, para superar tecnicismos e harmonizar as várias tendências políticas em ordem ao bem comum. Este, visto como conjunto de relações interpessoais e instituições positivas ao serviço do crescimento integral dos indivíduos e dos grupos, está na base de toda a verdadeira educação para a paz.
Uma pedagogia do obreiro da paz
7. Concluindo, há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Esta requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados. Com efeito, as obras de paz concorrem para realizar o bem comum e criam o interesse pela paz, educando para ela. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmosfera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso, é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância. Incentivo fundamental será « dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar »,7 de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação. Isto requer a difusão duma pedagogia do perdão. Na realidade, o mal vence-se com o bem, e a justiça deve ser procurada imitando a Deus Pai que ama todos os seus filhos (cf. Mt 5, 21-48). É um trabalho lento, porque supõe uma evolução espiritual, uma educação para os valores mais altos, uma visão nova da história humana. É preciso renunciar à paz falsa, que prometem os ídolos deste mundo, e aos perigos que a acompanham; refiro-me à paz que torna as consciências cada vez mais insensíveis, que leva a fechar-se em si mesmo, a uma existência atrofiada vivida na indiferença. Ao contrário, a pedagogia da paz implica serviço, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.
Jesus encarna o conjunto destas atitudes na sua vida até ao dom total de Si mesmo, até «perder a vida» (cf. Mt 10, 39; Lc 17, 33; Jo 12, 25). E promete aos seus discípulos que chegarão, mais cedo ou mais tarde, a fazer a descoberta extraordinária de que falamos no início: no mundo, está presente Deus, o Deus de Jesus Cristo, plenamente solidário com os homens. Neste contexto, apraz-me lembrar a oração com que se pede a Deus para fazer de nós instrumentos da sua paz, a fim de levar o seu amor onde há ódio, o seu perdão onde há ofensa, a verdadeira fé onde há dúvida. Por nossa vez pedimos a Deus, juntamente com o Beato João XXIII, que ilumine os responsáveis dos povos para que, junto com a solicitude pelo justo bem-estar dos próprios concidadãos, garantam e defendam o dom precioso da paz; inflame a vontade de todos para superarem as barreiras que dividem, reforçarem os vínculos da caridade mútua, compreenderem os outros e perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias, de tal modo que, em virtude da sua ação, todos os povos da terra se tornem irmãos e floresça neles e reine para sempre a tão suspirada paz.
Com esta invocação, faço votos de que todos possam ser autênticos obreiros e construtores da paz, para que a cidade do homem cresça em concórdia fraterna, na prosperidade e na paz.

PAPA BENTO XVI

sábado, 29 de dezembro de 2012


AVISOS PAROQUIAIS


DIA 31/12 – VÉSPERA DE ANO NOVO: Haverá missa na Igreja Matriz e no Frutal do Campo às 20h.



DIA 1º DE JANEIRO DE 2013: Haverá missa somente na Igreja Matriz às 19h30.



MISSA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS: Será sexta-feira, dia 04, às 15h00 na Matriz.




MISSAS E COMPROMISSOS DA SEMANA
De 31 DE DEZEMBRO DE 2012 À 04 DE JANEIRO DE 2013 

31- Segunda-feira  
20h00: Missa na Matriz – FREI ALONSO
20h00: Missa no Frutal do Campo – FREI JOSÉ










01 - Terça-feira
19h30: Missa na Matriz – FREI JOSÉ









02- Quarta-feira
15h00: Novena de N. Senhora Aparecida – FREI ALONSO
18h30: Terço – FREI ALONSO
19h00: Missa na Matriz – FREI ALONSO








03 - Quinta-feira
18h30: Terço – LEIGOS
19h00: Missa na Matriz – FREI JOSÉ


04 - Sexta-feira
15h00: Missa do Sagrado Coração de Jesus – FREI JOSÉ
18h30: Terço – LEANDRO
19h00: Missa na Matriz – FREI ALONSO






quinta-feira, 27 de dezembro de 2012


TOTAL ARRECADADO NO EVENTO:
R$ 70.868,98
(VEJA AS FOTOS DO EVENTO NO SLIDE AQUI AO LADO)
Como Pároco, juntamente com o Conselho Administrativo da Paróquia Nossa Senhora das Dores de Cândido Mota, queremos agradecer, de forma geral todos os colaboradores da 49ª FESTA DE SÃO SEBASTIÃO, quer aqueles que estiveram na coordenação, como os festeiros, os que abriram seus recintos para acolher os animais, o pessoal do transporte, os doadores de animais, dinheiro e outros elementos, os leiloeiros e todos que trabalharam na montagem da estrutura, tanto da cozinha, como no caixa e na entrega das bebidas.
Sabemos que V. Senhoria esteve presente em algum destes setores. Aceite o nosso “Deus lhe pague” e rogamos sobre sua família as bênçãos de São Sebastião e de Nossa Senhora das Dores, nossa Padroeira.
O resultado financeiro alcançado, como os de todos os eventos que a Igreja promove, revertem-se em bem da própria comunidade paroquial: administração, conservação do patrimônio que também é do povo, equipamentos necessários à difusão da mensagem da Igreja, material litúrgico e de culto sagrado, remuneração digna e justa de funcionários, são as principais finalidades às quais estes recursos são destinados.
Abençoada por Deus é a Comunidade que compreende estas coisas, como a nossa de Cândido Mota, porque sabe que tudo isso, no fim vai concorrer para a maior glória de Deus nosso Pai, que também responde com generosidade e solicitude a todos que se preocupam com a implantação e difusão do seu Reino entre os homens.
Mais uma vez, em nome do nosso Coordenador Geral da 49ª FESTA DE SÃO SEBASTIÃO, Vanderlei Vasques, dos Festeiros, Luiz Zonfrilli, Fábio Manfio e Angelo Franciscatti, do Conselho Administrativo Paroquial, quero demonstrar aqui os mais calorosos agradecimentos e votos de um feliz Natal e próspero ano novo a todos.
Frei Ismael Martignago - Pároco

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012




DIZIMISTAS
ANIVERSARIANTES DE
15 À 31 DE DEZEMBRO DE 2012


15/12
ADELAIDE DOS S. MARDEGAN
SAGRADA FAMILIA
21/12
ADEMIR ANTUNIS DE SOUZA
SAGRADA FAMILIA
15/12
ALAIDE MARIA BATISTA
SÃO JUDAS
19/12
ALCIDES RODRIGUES
SAGRADA FAMILIA
15/12
ANA PAULA MENDES DE SOUZA
SANTISSIMA TRINDADE
16/12
ANTONIO CAMOLEZI
SANTA TEREZINHA
20/12
APARECIDO SANTOS
SAGRADA FAMILIA
15/12
CAROLINA PETRI TORRETTI
SAGRADA FAMILIA
18/12
CINTIA LÚCIA AP. ROCHA PORTO
MATRIZ
15/12
CLARICE MARIA A. MANFIO CIMÓ
SANTA TEREZINHA
18/12
CLAUDIA C.PEDROSO GROSSI
SANTA CLARA
18/12
CLEONICE AP. P. DA SILVA
SAGRADA FAMILIA
16/12
CLEUZA FELICIANO SAPATEIRO
SANTA TEREZINHA
20/12
DAVID BARBOSA
SANTA CLARA
16/12
EDMILSON JOSÉ ANDREOTE
SANTISSIMA TRINDADE
18/12
ELZA BARBOSA
SAGRADA FAMILIA
20/12
HELENA V. T. COLETI
SAGRADA FAMILIA
18/12
HILDA GARCIA DE LIMA
SANTA TEREZINHA
19/12
HOSANAH ARAUJO MARQUES
SANTA TEREZINHA
15/12
IRINEU CONGIO
SAGRADA FAMILIA
15/12
JOAQUIM PEREIRA
SANTISSIMA TRINDADE
15/12
JOAQUIM PIO
MATRIZ
18/12
JOSE DOMINGUES SANTANA
SANTISSIMA TRINDADE
19/12
JOSE MAXIMIANO DE PAULA
SANTISSIMA TRINDADE
19/12
JULIA DE SOUZA
SAGRADA FAMILIA
17/12
JUSSIANE M. SOUZA
SANTA CLARA
18/12
LUCIANE MARCATO ALVES
MATRIZ
19/12
LUCINEI DE OLIVEIRA
SANTA CLARA
21/12
LUIZ JOSÉ BERNARDO
MATRIZ
19/12
MARCIA CLEMENCIA S. OLIVEIRA
SANTISSIMA TRINDADE
17/12
MARIA APARECIDA M. SEBASTIÃO
SAGRADA FAMILIA
16/12
MARIA DO CARMO F. DE CARVALHO
SAGRADA FAMILIA
16/12
MARIA JOSÉ N. DE OLIVEIRA
PINGUELA
16/12
MATHILDE FRANGOL GUIOTTI
SANTISSIMA TRINDADE
18/12
MAURÍCIO GONÇALVES
SANTA TEREZINHA
20/12
MILTON BICUDO
SÃO JOSÉ
19/12
OTÁVIO RODRIGUES DE SOUZA
PORTO ALMEIDA
20/12
REGINA JULIA FACINA ROSA
SANTA TEREZINHA
19/12
THAIZA M. DE BRITO DOS SANTOS
SANTA CLARA
20/12
TÚLIO SILVA ESPERANDIO
SANTA TEREZINHA
18/12
VALDETE AP. DE OLIVEIRA
SAGRADA FAMILIA
17/12
VALMIR DAVID A. DOS SANTOS
MATRIZ
15/12
VERONICA AP.RICARDO
SANTISSIMA TRINDADE
15/12
ZILDA DINIZ S. FREITAS
SANTA CLARA
28/12
ANA ELISA TOLEDO BALDO
SANTA CLARA
25/12
ANA MARIA DE JESUS SOUZA
SANTISSIMA TRINDADE
24/12
ANTENOR ZARDETTO
PINGUELA
24/12
ANTONIA M. CONCEIÇÃO SILVA
SÃO JUDAS
27/12
APARECIDA DE FÁTIMA F. PAES
SÃO JOSÉ
25/12
APARECIDA DE MORAES
SANTA TEREZINHA
25/12
APARECIDA DO CARMO A. XAVIER
SANTA TEREZINHA
25/12
APARECIDA M. MARQUES ANTONIO
SANTA CLARA
26/12
ARVIS BRANCALHÃO
MATRIZ
22/12
CLÁUDIA MARIA SILVINO FERREIRA
MATRIZ
24/12
CLAUDINEI WILSON DE CASTRO
SANTISSIMA TRINDADE
25/12
CLAÚDIO N. BORTOLUCI
MATRIZ
24/12
CUSTÓDIO J. DA SILVA MOREIRA
SANTA CLARA
27/12
DÉLCIA SCUDELER VANZATO
SANTA TEREZINHA
23/12
ELIZIA ANTUNES DE ALMEIDA
SÃO BENEDITO
24/12
EUNICE GUIOTTI SAQUETTI
SANTA CLARA
28/12
GERALDA MARIA DA SILVA
SANTA CLARA
25/12
GERUSA DA SILVA SANTOS
ALEXANDRIA
26/12
HENRIQUE MAQUEDA ISMANIA
SAGRADA FAMILIA
25/12
JOÃO ALVES DA CONCEIÇÃO
SÃO JUDAS
28/12
JOAQUIM DA SILVA
PERPETUO SOCORRO
22/12
JOSÉ HONORATO DOS SANTOS
SÃO JUDAS
24/12
LUCINÉIA DA SILVA
FRUTAL DO CAMPO
22/12
MARGARIDA B. ROSA
SANTA TEREZINHA
26/12
MARIA CÉLIA P.ROSSI
PINGUELA
23/12
MARIA CRISTINA PEITIL
SÃO JUDAS
27/12
MARIA JOSÉ SOARES DELGADO
MATRIZ
25/12
MARINA VIEIRA
SÃO JUDAS
24/12
NARIA NAZARET
SÃO BENEDITO
27/12
NIVALDO FERNANDES DA CRUZ
MATRIZ
24/12
ODÍLIA NOGUEIRA DA SILVA
FRUTAL DO CAMPO
28/12
OSCAR ZORZENONE
MATRIZ
26/12
PAULO HENRIQUE DOMINGOS
FRUTAL DO CAMPO
27/12
ROSANA DE FATIMA S. SILVA
PERPETUO SOCORRO
26/12
ROSANGELA SILVA NEGRINI
FRUTAL DO CAMPO
26/12
SEBASTIÃO D. PORTO
SANTA TEREZINHA
26/12
TÁSSIA FERNANDA DIAS
ALEXANDRIA
25/12
VENERANDA BATISTA DE OLIVEIRA
SÃO JOSÉ
26/12
VERA LÚCIA CORREIA RODRIGUES
MATRIZ
25/12
VERA LUCIA FERREIRA
FRUTAL DO CAMPO
28/12
ZILDA GOZZI DE OLIVEIRA
MATRIZ

Coletores do Dízimo Aniversariantes do Mês de Dezembro

8/12
ADRIANO SACHETTI
SANTISSIMA TRINDADE
6/12
ALVINA ROCHA NASCIMENTO
SÃO FRANCISCO
15/12
CLARICE A. MANFIO CIMÓ
SANTA TEREZINHA
11/12
CLARICE VIZIOLI MUSSULINI
MATRIZ
4/12
CLEUZA AP. DE LIMA
SANTA TEREZINHA
16/12
CLEUZA FELICIANO SAPATEIRO
SANTA TEREZINHA
6/12
DULCELINA STELA OLIVEIRA
SANTA CLARA
23/12
ELIZIA ANTUNES DE ALMEIDA
SÃO BENEDITO
3/12
ELOIZA HELENA C. DOS SANTOS
SANTISSIMA TRINDADE
11/12
LOURDES ZORZO COLOGNESE
MATRIZ
19/12
MARIA CLEUZA P. DONÁ
MATRIZ
22/12
MARIA NATALINA B. THEODORO
SÃO FRANCISCO
29/12
MARIA SCUDELER ZONFRILI
MATRIZ
3/12
NEUSA AP.NOGUEIRA
ALEXANDRIA
3/12
ONOFRI RIBEIRO DA SILVA
SÃO JOSE
17/12
SÔNIA M. ANDREOTTI CASTILHO
SANTA TEREZINHA
2/12
ZENAIDE FONTANA MAIA
MATRIZ
15/12
ZILDA DINIZ S. FREITAS
SANTA CLARA